Orientação Vocacional: suas teorias

A Orientação Profissional/Vocacional pode ser descrita como um processo facilitador para a escolha profissional, que engloba o autoconhecimento e o conhecimento das atividades profissionais. Esse processo de facilitação da escolha pode ser feito em um consultório psicológico, ou até mesmo em grupo. Mas não espere que o orientador faça a escolha por você, ele o levará a fazer sua própria escolha, afinal, a escolha da sua profissão é de sua responsabilidade.

Para ajudar e nos guiar melhor em nossas escolhas profissionais, no decorrer do tempo, foram surgindo várias teorias em Orientação Profissional. A teoria de Crites é muito utilizada entre os autores da área. Essa teoria é dividida em 3 grandes blocos: as Psicológicas, as Não-Psicológicas e as Gerais.

As Teorias Psicológicas analisam os determinantes internos do indivíduo que explicariam seus movimentos de escolha. Elas são subdivididas em: Traço-Fator, Evolutivas, Psicodinâmicas, Decisionais e Tipológicas.

• A Teoria Traço-Fator, sugere um procedimento racional e objetivo para a escolha e ela parte do princípio de que as pessoas diferem em suas habilidades, interesses e traços de personalidades e que cada profissão requer indivíduos com aptidões específicas. Esta teoria enfatiza "o homem certo no lugar certo".

• As Teorias Evolutivas ou Desenvolvimentistas, o indivíduo possui um ciclo de vida e este se desenvolve vocacionalmente durante toda a vida. A escolha profissional é um processo de desenvolvimento que se estende da pré-puberdade até os 20 anos aproximadamente. Além de ser um processo irreversível, já que a experiência não pode ser nula.

• As Teorias Psicodinâmicas buscam explicar como os indivíduos constituem sua personalidade e, por isso, como se aproximam das profissões. A causa da escolha profissional é interna (interesse, motivação), os externos estão em segundo plano. Ênfase nos testes psicométricos.

• As Teorias Decisionais, visam a racionalidade das escolhas e que a decisão deve ser fruto de uma análise minuciosa dos elementos que intervém no processo. Consiste em identificar as possibilidades oferecidas, analisar as consequências, avaliar e decidir, chegando finalmente a uma escolha.

• As Teorias Tipológicas implicam numa correspondência entre tipo de personalidade e modelos ambientais. Com base na experiência da pessoa, ela elabora formas habituais no desempenho de tarefas que seu ambiente psicológico, social e físico lhe apresenta.

As Teorias Não-Psicológicas entendem que a escolha profissional do indivíduo é causada por elementos externos a ele. O sujeito não escolhe, pois é direcionado pelas contingências do ambiente. E são subdividas em teorias: sociológicas e econômicas.

• As Teorias Sociológicas enfatizam a importância dos determinantes socioeconômicos e culturais. A família, a raça, a nacionalidade, a classe social e as oportunidades culturais e educacionais são fatores decisivos na determinação da ocupação.

• Nas Teorias Econômicas, o fator determinante da escolha profissional é a vantagem econômica oferecida pela profissão. As pessoas escolhem profissões em função da remuneração, condições de trabalho e possibilidade de empregabilidade, portanto, de acordo com a lei da oferta e da procura.

E, por último, as Teorias Gerais, que fala que determinantes isolados não são suficientes para explicar a escolha profissional, mas sim reunindo contribuições da Economia, Sociologia e Psicologia.

"Para um adolescente, definir o futuro não é somente definir o que fazer, mas, fundamentalmente, definir quem ser e, ao mesmo tempo, definir quem não ser" - Bohoslavsky.

Nós estendemos muito bem como é complicado escolher uma área a seguir e que toda a ajuda é bem vinda. Porque só quando se têm bastante informações sobre si mesmo, sobre as profissões e cursos disponíveis, é chegado a hora de escolher e começar a caminhar com seus próprios pés.

Então esperamos que tenha gostado desse post e que ele tenha ajudado, nem que seja um pouquinho, a esclarecer dúvidas sobre esse assunto.

Boa Sorte!